quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Sorocaba - Campanha de orientação e divulgação sobre a hanseníase começa na segunda-feira (25)

A Secretaria da Saúde de Sorocaba está finalizando os preparativos para as ações locais da Campanha Anual de Combate à Hanseníase do Estado de São Paulo. Assim, durante a próxima semana, entre os dias 25 e 30, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade atuarão com o objetivo de divulgar informações, como sinais e sintomas da doença, e identificar possíveis casos suspeitos. O principal sinal que deve ser observado é a presença de manchas na pele, com perda de sensibilidade local. Quem possui esse tipo de manifestação deve procurar uma das 30 UBS da cidade.  
Doença infecciosa de evolução crônica, a hanseníase, quando não tratada na fase inicial, pode levar a pessoa à instalação de incapacidades físicas. Regina de Fátima Gonzales, coordenadora do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, o contágio só ocorre depois de contato direto e prolongado com o portador da doença, na forma contagiante, e que não esteja em tratamento.
Os principais nervos atacados pela doença são os relacionados com a  sensibilidade da pele, movimentos das mãos, pés e da face. O período de incubação do bacilo causador varia de dois a cinco anos, até o aparecimento dos primeiros sintomas que são o surgimento das manchas na pele com perda da sensibilidade térmica ou dolorosa e que não coçam. A partir desta etapa já é possível confirmar o diagnóstico da doença. "A única prevenção é o diagnóstico na fase inicial da doença, quando o tratamento, além de garantir a cura, garante também a interrupção da cadeia de contágio", diz Regina.
Quem apresentar algum dos sintomas da doença será encaminhado pela UBS à Policlínica Municipal, onde funciona o Programa Municipal de Controle da Hanseníase, que atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h.
O Brasil ainda ocupa o segundo lugar em número de casos novos de hanseníase. Em 2009, foram diagnosticados 47 mil casos novos no país, sendo que 8% deles ocorreram em pessoas menores de 15 anos. Em Sorocaba, no ano passado, foram confirmados 64 casos novos de hanseníase.
A meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) é reduzir a hanseníase a menos de um caso para cada dez mil habitantes. Em Sorocaba, esta meta foi atingida em 2005. Porém, 35% dos novos casos diagnosticados estão na fase contagiosa, o que caracteriza a transmissão ativa da hanseníase no município.
"Por isso a importância da divulgação e orientação sobre os sinais e sintomas da doença, para que a população recorra ao serviço de saúde o mais rápido possível. O diagnóstico precoce ainda é a única maneira de eliminarmos a hanseníase na nossa cidade", declara Regina.