quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Sorocaba - Secretaria da Saúde orienta sobre leptospirose

Nesta época do ano, quando as chuvas são mais frequentes e com maior intensidade, a Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES) reforça as ações preventivas e de orientação contra a leptospirose, doença infecciosa aguda que pode ser contraída a partir do contato com a água ou a lama contaminadas com urina de ratos.
De acordo com a Seção de Controle de Zoonoses, até o momento, nenhum caso de leptospirose foi confirmado neste ano, mas isso não é motivo para não se preocupar. "O contato com a água da chuva e a lama da enchente deve ser evitado. Quem se expôs ao risco e manifestar sintomas deve se dirigir à unidade de saúde mais próxima de casa e comunicar ao médico", diz o secretário da Saúde, Milton Palma.
Quem teve contato com água da chuva ou com a lama de enchentes deve ficar atento ao aparecimento de sintomas da leptospirose pelo prazo de trinta dias. Os sintomas da doença são febre alta, sensação de mal estar, dor de cabeça constante e acentuada, cansaço, calafrios, dor muscular intensa pelo corpo e especificamente na panturrilha (barriga da perna).
Nos últimos dias, equipes da Zoonoses estiveram nos bairros que apresentaram problemas com a água da chuva. "Foram realizadas visitas no Parque das Laranjeiras, na Zona Norte, e no Jardim Ipiranga, na Zona Oeste", comenta o chefe da Zoonoses, Leandro Arruda.
Nas áreas atingidas, os agentes entregam folhetos com orientações sobre os cuidados a serem tomados e distribuem hipoclorito de sódio (cloro) para a limpeza e desinfecção dos locais atingidos pela água e pela lama. Leandro lembra que, na hora da limpeza da casa, é necessário usar botas e luvas ou saquinhos plásticos para proteção das mãos e dos pés. "Alimentos que tiveram contato com a água devem ser eliminados e não devem ser consumidos em hipótese alguma", orienta o chefe da Zoonoses.

Sobre a doença

Doença infecciosa aguda, a leptospirose é causada pela bactéria Leptospira interrogans, presente na urina de ratos, e que provoca danos aos rins e ao fígado. Na sua forma mais grave, pode provocar icterícia, insuficiência renal e hepática, meningite e, se não for tratada, pode levar à morte.

A contaminação ocorre quando a bactéria eliminada na urina do rato penetra através da pele e das mucosas (olhos, nariz, boca) ou por meio da ingestão de água e alimentos contaminados. A bactéria pode ficar na água da enchente e a presença de pequenos ferimentos na pele facilita essa penetração. Os sintomas da leptospirose aparecem entre dois e trinta dias após a contaminação, sendo o período de incubação médio de dez dias..

Segundo dados da Vigilância Epidemiológica de Sorocaba, neste ano, esta quarta-feira (12), não foi confirmado nenhum caso de leptospirose na cidade. Desde o dia 1º de janeiro, foram notificados seis casos suspeitos, que  aguardam resultado de exame. Em 2010, foram confirmados 13 casos da doença em Sorocaba.