quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Sorocaba - Córregos e rio Sorocaba continuam sendo usados como depósito de lixo

O dia-a-dia de trabalho dos funcionários pertencentes à empresa terceirizada contratada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba (Saae) para fazer o serviço de manutenção dos córregos da cidade e do rio Sorocaba é uma rotina permanente e sem fim. Um mês apenas após realizarem a ação, o visual é o mesmo no retorno da equipe ao mesmo local: muito lixo de todo tipo, incluindo garrafas PET, embalagens de produtos diversos, calçados, roupas, poltronas, sofás, pneus e animais mortos, além de entulho de construções, entre outros.

De acordo com o engenheiro Rodolfo Barboza, do Departamento de Drenagem do Saae, que coordena esse trabalho, são 350 metros cúbicos de lixo retirados todos os meses dos córregos da cidade, o que representa dois caminhões por dia. O trabalho inclui a limpeza e roçagem das margens e a limpeza dos leitos.

"Já presenciei situações como a de um senhor que jogou, de uma forma muito 'natural', uma sacola plástica de lixo nas margens de um determinado córrego, depois de passar pelo nosso pessoal e pelo caminhão que recolhe esse material", conta Rodolfo.

Para manter esse serviço, o Saae despende R$ 2,5 milhões por ano, valor do contrato da autarquia com a empresa responsável por essa ação, que abrange 66 quilômetros de córregos e do rio Sorocaba, em seu trecho urbano de Sorocaba. 

De acordo com o diretor-geral do Saae, arquiteto Geraldo Caiuby, são 31 córregos existentes na cidade, entre a zona urbana e rural. São eles: Água Vermelha; Supiriri; Lavapés; Piratininga; Matilde; Tico-tico; Curtume; Presídio; Formosa; Matadouro; Itanguá; Barcelona; Leocádia; Dois Corações; Retiro São João; Ibiti do Paço; São Bento; Itavuvu; Paineiras; Santa Lúcia; Brasilândia; Santa Fé; Fazenda Pinheiros; Areia Branca; Fazenda Santa Flávia; Fazenda Olho d'Água; Sítio Rodrigues; Sítio Takumura; Sítio dos Tortas; bairro dos Martins; Sítio dos Oliveiras e Pirajibu.

"Jogar lixo no rio e em córregos é uma 'cultura' antiga, que acabou se disseminando e contra a qual estamos lutando já há alguns anos, em nossas campanhas institucionais, nos nossos materiais de divulgação e nas palestras e visitas às nossas unidades, realizadas pela equipe de Educação Ambiental do Saae, sempre enfatizando e alertando para o prejuízo financeiro, à saúde e ao meio ambiente, quando temos esse tipo de comportamento equivocado", destaca Caiuby.