Técnicas e materiais utilizados são inéditos no Brasil; obras têm valor de R$ 15 milhões De acordo com o diretor-geral da autarquia, arquiteto Geraldo Caiuby, o trabalho teve início logo após o segundo acidente ocorrido, em janeiro de 2006, a exemplo do que ocorreu em 2004. Desde então, o processo vem sendo desenvolvido, a começar pelos estudos geológicos daquela grande área, prosseguindo com o trabalho de desenvolvimento do projeto executivo, que soma mais de 500 páginas, e finalizando com o processo de licitação e a assinatura do contrato com a empresa vencedora", explica Caiuby Ainda de acordo com o diretor-geral do Saae, o canteiro de obras da Geosonda, empresa de engenharia vencedora da licitação para essa obra, foi instalado em junho último, quando teve início toda a preparação das áreas que receberão as intervenções. "O objetivo é proteger as adutoras nos trechos em que foi detectado maior risco de novos acidentes, com intervenções, técnicas e materiais diversos, alguns deles ainda inéditos no Brasil, utilizados em proteção de avalanches na Europa", enfatiza o diretor-geral do Saae. Bastante complexas devido às dificuldades relativas a uma região de serra, as intervenções incluem chumbamentos, atirantamentos e amarrações com cabos de aço dos matacões (grandes blocos de pedras) que ameaçam as adutoras, além de aplicação de concreto projetado para a estabilização da encosta. Também estão previstas duas proteções extras, no caso de ocorrer o deslocamento de pedras, mesmo com todas as medidas técnicas aplicadas: a implantação de amortecimento com vala de absorção de impacto e alambrado de absorção de energia. "As valas terão aproximadamente 200 metros de extensão cada uma, com 12 metros de largura e 2,5 metros de profundidade, com caixa de brita, que amortecerão os blocos de pedras que possam vir a rolar, o mesmo acontecendo com os alambrados, que na verdade são redes flexíveis, constituídas de tela de aço especial, um material ainda não utilizado no Brasil e empregado, por exemplo, na Europa, na proteção de avalanches", detalha Caiuby. As obras, que contratualmente têm prazo de um ano para serem executadas, representam um investimento de R$ 15 milhões, com financiamento de R$ 13,5 milhões pela Caixa Econômica Federal e contrapartida de R$ 1,5 milhão. | ||
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